Equipe de vendas B2B trabalhando com tecnologia e automação em escritório moderno

Quando pensamos em como as empresas B2B estão evoluindo no Brasil, uma realidade se impõe: o jeito tradicional de vender não dá mais conta. Em um cenário de margens apertadas, clientes exigentes e decisões tomadas com base em dados, ninguém sobrevive só com “mais cadência, mais ferramenta”. Nasce aí a necessidade de um motor de vendas realmente previsível, capaz de transformar cada oportunidade, contato e fluxo digital em receita de verdade.

É a partir desse cenário que surge, em projetos como o GTM Engineer Brasil, a proposta de desmistificar conceitos complexos e traduzir tendências globais de aquisição – como o próprio inside sales – para o contexto da nossa realidade. Está na hora de parar de copiar playbooks importados sem adaptação e entender, de uma vez por todas, como criar uma operação B2B eficiente, escalável e científica.

O conceito de inside sales para B2B: o que muda na prática?

O termo inside sales não é novo. Mas suas aplicações e potencial ganharam nova dimensão com a digitalização dos processos comerciais. Longe de ser apenas um “telemarketing moderninho”, o modelo se tornou o epicentro das vendas consultivas em empresas B2B – especialmente onde complexidade e ticket médio alto exigem qualificação, relacionamento e integração com todas as áreas da empresa.

Vender de forma previsível é uma questão de método, não de mágica.

Diferente da venda presencial clássica (field sales) ou de abordagens puramente transacionais e frias, as operações de vendas internas funcionam como hubs digitais. Equipes inteiras trabalham conectadas a sistemas, CRMs, automações e ferramentas que garantem rastreabilidade, velocidade e inteligência em cada etapa do funil.

Uma definição que gosto de usar:

Inside sales é a arte e a ciência de vender remotamente ou digitalmente, unindo contato humano consultivo, uso intenso de tecnologia e automação para prever, controlar e expandir receita.

Parece direto, mas esse conceito guarda nuances importantes. Por exemplo:

  • A venda acontece 100% online (telefone, videochamada, chat, e-mail etc.), permitindo escala e agilidade;
  • O relacionamento é consultivo. O vendedor orienta, educa, personaliza abordagens;
  • Ferramentas como CRM, discadores automáticos, softwares de prospecção e analytics integram toda a jornada;
  • Decisões são tomadas com base em dados, não no feeling;
  • Marketing, vendas e produto atuam juntos para entregar valor e acompanhar o cliente além da assinatura;
  • Sistemas inteligentes identificam sinais de intenção e automatizam fluxos, ajudando o vendedor a agir no timing certo.

O resultado? Previsibilidade. Afinal, é impossível repetir resultados (e bater meta) quando cada vendedor trabalha de um jeito, sem processos, sem dados ou sem ferramentas robustas.

Principais diferenças: inside sales, field sales e telemarketing

Embora muitas vezes confundidos, esses três modelos têm dinâmicas, ferramentas e resultados muito diferentes.

Três tipos de vendedores, remoto com notebook, presencial com pasta, telemarketing em call center
  • Inside sales: vendas consultivas, 100% digitais, focadas em gerar relacionamento, qualificação profunda e previsibilidade de pipeline. Envolve cadências automáticas, scripts adaptáveis e interação multicanal.
  • Field sales: modelo tradicional, com reuniões presenciais. Gera impacto em vendas de altíssimo valor ou negociações complexas. Costuma ser mais caro e lento; difícil de escalar.
  • Telemarketing: abordagem padronizada, pouco consultiva, baseada em grandes volumes (cold calls). Quase não há personalização ou envolvimento do time de marketing/produto. Foco em quantidade, não qualidade.

No contexto B2B brasileiro, dados do E-Commerce Brasil mostram que o modelo de vendas internas pode reduzir os custos de aquisição entre 40% e 90%, além de elevar a taxa de conversão de leads em até 150%. Diferenças que saltam aos olhos!

Estrutura ideal de times de inside sales: papéis e responsabilidades

Montar uma equipe campeã é uma arte. Não basta ter bons vendedores. Para que o motor funcione, é preciso orquestrar as funções certas – SDRs, executivos, pré e pós-vendas – de modo que cada especialista atue na hora certa, com as ferramentas certas.

Cada peça faz diferença. Um motor previsível é feito por muitas engrenagens.

Função de SDRs (Sales Development Representatives)

SDRs são os guardiões do topo do funil (TOFU). Responsáveis por identificar, abordar e qualificar oportunidades, eles garantem que só leads com potencial cheguem ao time de vendas. No contexto brasileiro, a automação é peça-chave: ferramentas nacionais como Speedio e Reev permitem automatizar captura, enriquecimento e agendamento, liberando o SDR para o que importa: a conversa qualificada.

  • Prospecção ativa: identificar contas ideais e abrir novas conexões via LinkedIn, e-mail, telefone;
  • Qualificação: usar parâmetros como Fit e Interesse para filtrar os leads (perfil de cliente ideal, segmento, cargo, momento de compra);
  • Nutrição: responder dúvidas iniciais, enviar materiais relevantes, preparar o terreno para a venda consultiva;
  • Agendamento: marcar reuniões para executivos comerciais, transferindo o bastão quando o lead está pronto para avançar.

Executivos de contas (AEs – Account Executives)

Quando o SDR faz um bom trabalho, o executivo recebe um lead qualificado, já educado e bem mapeado. O papel do AE é conduzir diagnósticos, entender as dores, propor soluções personalizadas e negociar opções.

  • Diagnóstico: investigar necessidades, prioridades e contexto do cliente;
  • Demonstração de valor: apresentar como o produto resolve o problema do lead, criando conexões técnicas e emocionais;
  • Negociação: validar orçamento, aprovar propostas e estabelecer condições;
  • Fechamento: executar processos de assinatura, integração e handoff para o pós-venda;
  • Feedback: compartilhar insights com marketing e produto, melhorando o ciclo.

Outros papéis que complementam a máquina

  • Pós-venda (Customer Success): garante a expansão da receita e evita churn;
  • Sales Ops / RevOps: cria processos, dashboards e experimentos, preparando o terreno para uso de inteligência artificial;
  • Gestores: monitoram métricas, feedbacks e ajudam a remover obstáculos.

O papel do CRM, automação e inteligência no resultado

Talvez nenhum outro setor do B2B brasileiro tenha passado por uma revolução tão silenciosa quanto o comercial. Antes, todo processo era manual. Pilhas de planilhas, anotações perdidas, follow-ups esquecidos. Hoje, não faz sentido atuar nesse modelo. Os CRMs nacionais e as automações passaram a organizar tudo – do agendamento ao disparo de e-mails inteligentes, do registro de ligações às análises automáticas.

Painel de CRM mostrando funil de vendas, automações e dados de leads

Automação não é só enviar mais e-mails. É gerar previsibilidade: saber quantos leads entraram, quantos responderam, como evoluem no funil e o custo por oportunidade avançada. É aqui que a abordagem ensinada pelo GTM Engineer Brasil fica explícita – sistemas integrados que eliminam o achismo e mostram, em relatórios reais, onde o time está perdendo tempo ou deixando receita na mesa.

Controle é liberdade. Saber onde os gargalos estão é o primeiro passo para corrigi-los.

Algumas vantagens práticas do uso de CRM e automação no contexto de vendas B2B:

  • Cadastro e atualização centralizada de leads e contatos;
  • Visualização clara do funil comercial e taxas de conversão por etapa;
  • Envio automatizado de materiais e propostas, com rastreamento de abertura e cliques;
  • Alertas de follow-up para evitar que oportunidades esfriem;
  • Integrações com WhatsApp, e-mail, calendar, redes sociais e mais;
  • Painéis comparativos de desempenho (por SDR, AE, segmento, origem do lead, etc.);
  • Base de aprendizado para IA, habilitando recomendações personalizadas por sinal de intenção.

Qualificação de leads: o segredo do pipeline previsível

Nem todo lead vale ouro. Na verdade, boa parte do trabalho de sales não é vender – e sim filtrar. O processo de qualificação é a engrenagem que impede que vendedores gastem tempo com oportunidades sem potencial. Aqui, o método mais conhecido é o BANT (Budget, Authority, Need, Timing), mas variações locais são bem-vindas.

  • Orçamento: o prospect tem capacidade financeira para a solução?
  • Autoridade: está conversando com o decisor ou um influenciador?
  • Necessidade: o cenário realmente demanda sua oferta?
  • Urgência: existe demanda real de curto prazo?

Ferramentas brasileiras como RD Station e Ploomes permitem embutir critérios de qualificação nos cadastros, automatizar etapas do questionário e criar scores dinâmicos de leads. Uma boa stack digital, junto com metodologias de engajamento e feedback constante, faz toda a diferença.

O segredo do pipeline previsível não está em gerar mais leads, mas sim em filtrar melhor.

E qualificar, aqui, não é apenas um questionário frio. É criar uma sequência inteligente:

  1. Identificar: captar os dados do lead, origem, canal – tudo automatizado;
  2. Engajar: abordagem personalizada (por WhatsApp, e-mail ou ligação), usando sinais do comportamento digital;
  3. Aprofundar: entender dores, projetos, contexto. Só assim avança para o executivo de conta;
  4. Repassar: agendar reunião, mandar briefing completo, garantir transição suave.

Segundo dados do Inside Sales Benchmark Brasil 2022, 51% das empresas fazem entre 1 e 5 tentativas de contato antes de desistir – e 79% das conversões vêm até o 5º contato. Mas a taxa ideal de sucesso está perto de 9 tentativas: persistência, processo e inteligência são indispensáveis!

Métricas que mostram onde o motor está falhando (ou acelerando)

Se você quer vender mais (e melhor), precisa de um painel que mostre, em tempo real, o que está funcionando. Métricas não são “relatórios para inglês ver” – são faróis para orientar mudanças rápidas. Eis algumas das principais para vendas internas B2B:

  • Volume de leads gerados: quantidade de oportunidades brutas alimentando o topo do funil.
  • Taxa de resposta inicial: percentual de leads que dizem “oi” ou interagem em até 24h.
  • Tempo médio de resposta: quanto tempo o time leva para abordar um lead depois da conversão.
  • Taxa de qualificação: de todos os leads, quantos viram SQL (Sales Qualified Lead)?
  • Taxa de aprovação de proposta: mostra assertividade comercial e alinhamento de valor.
  • Ciclo de vendas: quanto tempo, em média, o lead leva para fechar com você.
  • Custo de aquisição (CAC): soma dos custos totais divididos pelo número de clientes convertidos em um período.
  • MRR/ARR adicionados: receita recorrente mensal ou anual “empurrada” pelo motor de inside sales.
“O que não se mede, não se controla. E o que não se controla, não cresce.”

Na análise, vale comparar esses indicadores mês a mês, por origem de lead, perfil, segmento ou vendedor. Pequenas mudanças no pitch, script, número de contatos ou timing de disparo de mensagens podem ter efeito enorme no fim do período.

O alinhamento entre marketing, vendas e produto: criando um ecossistema sem atritos

Em operações previsíveis, marketing e vendas não são rivais. Não existe “o lead frio do marketing” e o “lembrete do comercial”. Operações inteligentes integram signals (sinais) dos canais de aquisição e plataformas digitais diretamente no motor de vendas.

Equipe de marketing, vendas e produto reunida em frente a um painel digital com funil de vendas
  • Marketing alimenta o topo do funil (TOFU) com leads inbound (orgânico, mídia, eventos) e outbound (listas, prospecção, campanhas ABM);
  • Vendas recebe notificações em tempo real de engajamento – e-mails abertos, páginas acessadas, download de materiais, interações em WhatsApp e redes sociais;
  • Produto oferece demos, trials e onboarding fluido, fazendo parte do ciclo já no fechamento e pós-venda – fundamental em negócios SaaS;
  • Todos alinham conteúdo, abordagem e ofertas, eliminando ruídos clássicos de “passagem de bastão”.

Para garantir esse alinhamento, os stacks nacionais como RD Station, Ploomes e Speedio oferecem conexões nativas com WhatsApp, calendário, e-mail e até integrações com ferramentas de inteligência artificial. Isso permite criar workflows automáticos, que direcionam o lead qualificado para o time certo (SDR, AE, CS), sem perda de contexto ou demora.

Sinais de intenção: agindo no timing perfeito

Numa era de excesso de informação, esperar que leads vão “levantar a mão” é perder oportunidades valiosas. O segredo está em captar e interpretar os micro-momentos que indicam interesse real: abrir um e-mail, baixar um e-book, visitar a landing page de preço, iniciar um atendimento via chat...

Tela de computador com gráficos de comportamento digital de leads e sinais de intenção

Isso não só aumenta a chance de contato, como encurta o ciclo e melhora a experiência do cliente, que sente abordagens muito mais personalizadas. Ferramentas conectadas à stack brasileira permitem que, a cada sinal captado, uma ação seja disparada automaticamente – desde notificação ao SDR até envio de conteúdo relevante ou convite para demonstração.

  • Lead abriu e-mail de proposta? SDR recebe notificação automática para ligar em até 5 minutos;
  • Visitou página de preços duas vezes no mesmo dia? AE agenda call consultiva na sequência;
  • Baixou e-book sobre integração com ERP? Marketing envia material avançado sobre o tema;
  • Interagiu via WhatsApp? Sistema atualiza o CRM e destaca o estágio do funil para acompanhamento especial.

No Panorama de Inside Sales no Brasil, vemos que 68% das empresas ainda demoram mais de dez minutos para abordar leads. E estudos americanos mostram que contatos feitos em até um minuto aumentam em dez vezes a chance de conversão. A diferença está (literalmente) nos segundos!

Stack brasileiro: ferramentas, integração e contexto local

A adoção de inside sales só faz sentido com um stack ajustado à realidade nacional, inclusive quanto a idioma, integrações nativas e modelo de suporte. Vendedores precisam de ferramentas práticas, robustas e que, de fato, resolvam o problema real.

Ferramenta boa é a que se adapta ao processo, não o contrário.

Principais peças de uma stack comercial eficiente:

  • Prospectores e enriquecedores de base: extraem dados de empresas, contatos e CNPJs em massa (exemplo: Speedio);
  • CRM com automação comercial: organiza funil, tarefas, follow-ups e integra e-mails, WhatsApp e telefonia (exemplo: Ploomes);
  • Ferramenta de prospecção outbound: monta cadências automáticas de e-mail, LinkedIn e telefone (exemplo: Reev);
  • Plataforma de inbound marketing: automatiza nutrição, captura de leads, landing pages e scoring (exemplo: RD Station);
  • Inteligência de dados: monitora sinais de intenção, perfil, ICP, engajamento e comportamento digital;
  • Dashboards de performance: geram relatórios padronizados, facilitando as análises do gestor.
Ícones de ferramentas de vendas brasileiras, como CRM, WhatsApp, funis e relatórios

O mais importante: escolha ferramentas que possam conversar entre si, com integrações via API, Zapier ou webhooks. Nada de isolar o lead em plataformas diferentes, criando ilhas de informação. O funil precisa ser uno, do marketing ao pós-venda.

Benefícios reais do modelo: por que times B2B não podem mais esperar

Você já deve ter ouvido boa parte destes argumentos, mas a diferença está em ver o impacto prático:

  • Redução de CAC: como revelam estudos do E-Commerce Brasil, vendas internas cortam custos de aquisição de clientes em até 90%.
  • Escalabilidade: torna possível abordar dezenas de leads, mediar diagnósticos e otimizar resultados de forma digital, garantindo mais negociações para o mesmo time.
  • Agilidade: sequências automáticas e multicanais. O cliente é abordado quando ainda está com o problema “fresco” na cabeça.
  • Previsibilidade: operar com processos, scripts e cadências monitoradas possibilita prever receita, pipeline e obter dados confiáveis para decisões.
  • Melhor experiência: abordagem personalizada, focada na dor do cliente, e suporte pós-venda garantido por times integrados.
  • Dados que geram inteligência: cada interação é registrada, criando uma trilha completa para análise de tendências, aprimoramento do discurso e até treinamento de IA.
O modelo deixou de ser tendência: virou questão de sobrevivência para quem quer crescer no B2B.

Dicas práticas para relacionamento e avanço no funil

Vender não é empurrar. É construir confiança, entregar valor desde o primeiro minuto e não desistir fácil. Relacionamentos de longo prazo (especialmente em vendas consultivas) se firmam no contexto, no timing e na utilidade do contato.

Vendedor em chamada de vídeo com lead, funil digital e gráficos de engajamento ao fundo
  • Use scripts, mas com personalização. Ajuste o pitch com base no setor, cargo e momento do lead.
  • Registre todas as interações no CRM: anote dúvidas, interesses e objeções. Isso vira insight útil para o time.
  • Não desista cedo. Como mostram pesquisas, 93% das conversões acontecem até o 9º contato, mas a maioria para no 4º ou 5º.
  • Envie conteúdo contextualizado após cada reunião: resumos, vídeos, cases, materiais técnicos. Isso acelera a confiança.
  • Peça feedbacks já no diagnóstico. Quanto mais cedo identificar objeções, melhor o ajuste da proposta.
  • Integre pós-venda desde o primeiro contato: garanta que a transição seja suave, sem surpresa ou ruído.

O futuro: IA, RevOps e a era dos sistemas inteligentes de aquisição

Sim, a Inteligência Artificial está batendo à porta do comercial B2B brasileiro. Já não é mais só papo de Silicon Valley. Ferramentas locais evoluíram e, agora, começam a sugerir melhores horários de disparo, roteiros baseados no perfil do prospect, alertas de prioridade e até scoring automatizado de leads – tudo em português.

Pessoas continuam no centro – mas a IA dá poder às decisões.

RevOps (Revenue Operations), por sua vez, se consolida como modelo de integração total das equipes de marketing, vendas, customer success e dados. O objetivo? Garantir que toda a empresa trabalhe focada em receita, com processos integrados, painéis compartilhados e ajustes dinâmicos conforme as análises sugerem.

Robô e humanos analisando juntos dashboard de vendas, gráficos e funil digital

No contexto do GTM Engineer Brasil, temas como orquestração de dados, sistemas de sinais de intenção e setup de IA já não são “ficção científica”. São realidade acessível para qualquer startup ou empresa de médio porte.

  • Chatbots inteligentes: fazem triagem inicial e entregam leads mais quentes para o SDR;
  • Scoring dinâmico de leads: pontuação baseada em comportamento, dados de mercado e IA;
  • Dashboards automáticos: ajuste de cadências e roteiros em tempo real;
  • Análise preditiva: reconhecimento de padrões para identificar leads com maior chance de compra;
  • Integração via API: elimina tarefas manuais e centraliza informações para time comercial, marketing e produto.

Desmistificando inside sales: cases e provocações para pensar diferente

Está claro que criar um motor previsível de vendas internas vai muito além de contratar uma ferramenta qualquer ou copiar uma sequência de e-mails. Trata-se de desenho de sistema, de saber como todas as peças (pessoas, tecnologia, processos e dados) atuam juntas, melhorando a cada ciclo.

“Venda previsível não é promessa, é consequência de processos bem feitos.”

Quem já está migrando para esse modelo no Brasil vê resultados consistentes – menos desperdício, funil limpo, dados confiáveis e previsibilidade de pipeline. Mas, para isso, é preciso experimentar, ajustar, criar playbooks próprios, errar rápido e corrigir em ciclos curtos.

A jornada parece longa para quem está começando, mas, como mostra o trabalho do GTM Engineer Brasil, o acesso às melhores práticas e ferramentas é cada vez mais democrático. O segredo está em não esperar pelo “momento perfeito”. Comece pequeno, implemente uma etapa por vez, colete feedbacks e ajuste sempre com base em dados.

Checklist para criar o motor de inside sales B2B previsível

Checklist digital sobre motor de inside sales em tela de tablet, com ícones de funil, CRM e automação
  1. Desenhe todo o funil: saiba onde começa a captação e onde termina o pós-venda;
  2. Defina papéis claros: SDR, AE, CS, support e ops – todos sabem sua função?
  3. Garanta stack nacional integrado: escolha CRMs, automação e analytics em português;
  4. Crie rotinas de qualificação: parametrize e ajuste os scores dos leads semanalmente;
  5. Automatize cadências e follow-ups: evite perda de timing e dinâmica manual;
  6. Meça cada etapa: MQL, SQL, oportunidades, propostas, fechamentos, CAC;
  7. Analise e comunique resultados: alinhe time, marketing e produto a cada ciclo;
  8. Aprimore scripts, fluxos e conteúdos: ajuste pitch e materiais conforme feedbacks e dados do CRM;
  9. Diversifique canais: telefone, WhatsApp, LinkedIn, e-mail, vídeo, chat – cada lead responde melhor em um;
  10. Invista em treinamento e cultura: aprendizado constante com dados, não só feeling.

O motor não se constrói sozinho: próximos passos para times e gestores

Ninguém espera resultado milagroso do dia para a noite. Vendas consultivas exigem paciência, processos e coragem para quebrar falsos mitos (“lead bom cai do céu”, “CRM é só ferramenta de controle”, “persistência é ligar até cansar o cliente”). A experiência mostra que os times que apostam em inside sales estruturadas ganham mais do que vendas: criam inteligência, reputação e cumprem a promessa de serem movidos a ciência, não achismo.

O jogo do B2B não é sobre quem grita mais, mas sobre quem entende melhor e responde rápido.

Se você chegou até aqui, provavelmente já entendeu que criar um motor previsível não significa robotizar clientes ou trocar talento humano por IA. Significa, sim, tirar o melhor das pessoas, da tecnologia e dos processos otimizados.

A comunidade do GTM Engineer Brasil está aberta para quem quer traduzir tendências globais para o contexto real brasileiro e, principalmente, transformar aquisição em ciência aplicada ao seu negócio. Dê o primeiro passo: mapeie seu funil, revise seu stack e comece agora a construir a previsibilidade do seu comercial.

Agora é sua vez: quer criar previsibilidade real na aquisição B2B e entrar na era dos sistemas inteligentes? Conheça as iniciativas, tutoriais e cases do GTM Engineer Brasil – e prepare-se para fazer da sua operação um verdadeiro motor de vendas.

Perguntas frequentes sobre inside sales

O que é inside sales?

Inside sales é um modelo de vendas que acontece de forma remota, combinando tecnologia, automação e contato humano consultivo. Todos os processos – prospecção, qualificação, reunião, negociação e fechamento – são realizados por múltiplos canais digitais, como telefone, e-mail, videochamadas e aplicativos de mensagens. Diferente do telemarketing, esse método é mais personalizado, focado em ajudar o cliente a encontrar a melhor solução. No B2B brasileiro, tornou-se a principal alternativa para atrair, engajar e converter clientes sem depender de visitas presenciais.

Como implementar inside sales na empresa?

O primeiro passo é mapear o seu funil de vendas e identificar os pontos em que a abordagem digital pode substituir ou complementar o presencial. Depois, defina os papéis: SDRs para qualificação, executivos para reuniões e negociação, e customer success para cuidar do cliente após a venda. É recomendável investir em ferramentas de CRM, automação comercial e integração com canais como WhatsApp e e-mail. Adapte scripts e processos à sua realidade e realize treinamentos constantes para o time. Por fim, crie rotinas de análise e ajuste: tudo deve ser medido e melhorado a cada ciclo.

Quais as vantagens do inside sales?

As principais vantagens são redução significativa de custos (o famoso CAC), escalabilidade, agilidade no contato com leads e previsibilidade de pipeline. Além disso, inside sales permite personalizar abordagens, registrar todos os dados do relacionamento com o cliente e integrar marketing, vendas e pós-venda com muito mais facilidade. Dados recentes mostraram que, no Brasil, empresas que adotam vendas internas conseguem aumentar taxas de conversão em até 150% e cortar gastos com aquisição em até 90%.

Inside sales funciona para vendas B2B?

Funciona sim – e cada vez melhor! Empresas B2B, principalmente as com vendas mais consultivas, tickets médios maiores e ciclos de decisão complexos, se beneficiam da abordagem. Isso porque é possível prospectar, qualificar, apresentar soluções e até fechar contratos 100% online e com controle absoluto sobre o funil. Bastam as ferramentas certas, processos bem desenhados e um time treinado para atuar em todas as interações digitais com o cliente.

Como medir os resultados de inside sales?

Você pode medir pelos indicadores principais: número de leads gerados no topo do funil, taxa de resposta, velocidade do primeiro contato com o lead, percentuais de qualificação e conversão, duração do ciclo de vendas, CAC (custo de aquisição de clientes) e receita recorrente adicionada (MRR/ARR). Também vale monitorar quantas tentativas de contato cada lead recebe, o engajamento com conteúdos enviados e a satisfação do cliente no pós-venda. A dica é usar dashboards automatizados integrados ao CRM para acompanhar tudo em tempo real – assim, seu motor de vendas nunca fica no escuro.

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Pedro Braga

SOBRE O AUTOR

Pedro Braga

Pedro é um entusiasta e estudioso do universo de go-to-market, tecnologia e ciência de aquisição B2B. Apaixonado por inovação, dedica-se a desmistificar a função do GTM Engineer e aproximar líderes e empreendedores das melhores práticas em automação, dados e integração de times. Seu principal objetivo é facilitar a compreensão e adoção de sistemas inteligentes para marketing, vendas e produto no contexto brasileiro.

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